segunda-feira, 27 de junho de 2016

Cuidados com as mãos e pés no paciente oncológico



Durante o tratamento quimioterápico alguns pacientes podem sentir efeitos colaterais na pele, principalmente na região das mãos e dos pés. 
Entre as principais alterações, destacam-se:

  • Síndrome de mãos e pés: podem surgir inchaço, vermelhidão, formigamento e descamação;
  • Mudanças nas unhas: podem perder sua pigmentação e se descolarem em um efeito chamado onicólise;
  • Aneuropatia periférica, pequena lesão no Sistema Nervoso que pode causar perda de sensibilidade. 

Evitar:

  • Tecidos ásperos e sintéticos;
  • Andar descalço ou usar sandálias abertas;
  • Uso de adesivos curativos;
  • Contato com produtos químicos como detergente e água sanitária;
  • Exposição da pele a temperaturas extremas (muito quente ou gelado), nos casos de neuropatia periférica (pois não é possível perceber  o calor de uma panela, por exemplo);
  • NÃO retirar a cutícula !

Adotar:

  • Roupas confortáveis;
  • Luvas de borracha se for manusear produtos de limpeza;
  • Protetor solar e hidratante;
  • Meias e luvas de algodão ao dormir;
  • Dieta equilibrada e rica em vitaminas B e C;
  • Em alguns momentos deixar a pele descoberta  para respirar, evitando a transpiração em excesso;
  • Analgésicos e antibióticos apenas conforme orientação médica.

Fonte: ACCamargo

sexta-feira, 17 de junho de 2016

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Fator de Equivalência para o Bitartarato de Colina?


Quimicamente, a colina é um cátion de amônio quaternário (N,N,N-Trimetiletanolamonio), também considerada como um constituinte das vitaminas do complexo B. 

A sua estrutura química é:


Onde o X- , representa um ânion que compõe a forma do sal de colina: Cloreto, hidróxido, fosfato, bitartarato, etc. Logo, existem vários ativos como fonte de colina. 

A colina é uma precursora da acetilcolina, que é um importante mediador químico neuronal. Na forma de fosfatidilcolina, é de grande importância na função da membrana celular. 

O peso molecular da colina é 104,17. 
Já o peso molecular do Bitartarato de colina é: 253,25. 

Analisando um estudo sobre a “Melhora da Performance Visual-motora e constrição da pupila após suplementação de colina em humanos”, realizado na Universidade de Leiden na Holanda e publicado em 2015 na revista Scientific Reports, nos chamou a atenção o trecho a seguir:   

“Depending on the session, participants were given 400ml orange juice including 2 g dissolved choline bitartrate or a microcrystalline cellulose placebo, both consisting of a fine-grained, white powder that did not change the viscosity of the drink. Choline bitartrate contains 41.1% choline by molecular weight, and 2 gram of choline bitartrate administration provides 800mg of choline action, similar to the ingestion of approximately 5 hard-boiled eggs or 250 g beef liver. The given amounts were well below the established 3.5 g recommended upper intake level for adults (Food and Nutrition Board of the US institute of Medicine)”.

“Os participantes tomaram 2g de bitartarato de colina dissolvidos em 400ml de suco de laranja, ou um placebo de celulose microcristalina (um pó fino para não alterar a viscosidade da bebida) dissolvido em 400ml de suco de laranja. 
O bitartarato de colina contém 41% do peso molecular em colina; logo, 2g de bitartarato de colina contém 800mg de colina, o que equivale a ingestão aproximada de 5 ovos cozidos ou 250g de fígado bovino. 
Estes valores estão bem abaixo da maior dose recomendada para adultos (Upper level), que é de 3,5g segundo o Conselho de Alimentos e Nutrição do Instituto de Medicina dos Estados Unidos (Food and Nutrition Board of the US institute of Medicine). 

Aí ficou a dúvida: Para o bitartarato de colina deve ou não ser aplicado o fator de equivalência em relação à colina Base? No trabalho foi considerado o fator de equivalência 2,44. Como o centro com atividade farmacológica do bitartarato de colina é a colina, que é a precursora da acetilcolina, achamos correta a aplicação do fator de equivalência. Porém deixamos em aberto à discussão para que possamos chegar a um consenso a respeito desta questão.


Referência Bibliográfica: Naber, M. et al. Improved human visuomotor performance and pupil constriction after choline supplementation in a placebo-controlled double-blind study. Sci. Rep. 5, 13188; doi: 10.1038/srep13188 (2015).