A Associação Brasileira de Farmacêuticos (ABF) foi fundada em
20 de janeiro de 1916, no salão de conferências do Círculo Católico, no Rio de
Janeiro, tendo à frente o farmacêutico Luiz Oswaldo de Carvalho. Naquela
ocasião, Carvalho em seu discurso, definiu como objetivos principais da
Associação a defesa dos interesses da classe farmacêutica, alertando o
profissional farmacêutico para o fato de que a aplicação das ciências
físico-químicas à arte de curar, nivelava-o ao trabalho realizado pelos
médicos.
Nesse sentido, propunha a criação de uma Escola Superior de Farmácia,
como pioneira no ensino técnico das ciências naturais, físicas e químicas, onde
seriam instalados consultórios para atendimento aos pobres, sendo as receitas
aviadas pelos estudantes, orientados pelos professores, e as drogas vendidas a
preço de custo. Considerando esse ensino “a pedra de toque que há de operar o
milagre do ressurgimento da profissão farmacêutica no Brasil”, Carvalho (apud
COSTA, 1982b, p.6) assinalou ainda a necessidade da criação de uma biblioteca e
de laboratórios, nos quais pudessem ser dados cursos práticos de disciplinas
afins; da promoção de conferências científico-técnicas; da organização de
congressos farmacêuticos; da instalação na sede da Associação de local para exposição
permanente de produtos químicos e farmacêuticos, drogas, utensílios e aparelhos
referentes à farmácia moderna; e da implantação do montepio farmacêutico. Como
sócios, incluiria os da classe de farmacêuticos, além das classes dos
aspirantes a sócios, constituída pelos estudantes de farmácia, pelos práticos
de farmácia, donos ou não de estabelecimentos farmacêuticos e por pessoas que
fizessem parte de firmas de estabelecimentos farmacêuticos.
A elaboração de
seus estatutos ficou a cargo da diretoria e de uma comissão formada por dez
farmacêuticos: Luiz Oswaldo de Carvalho, José Benevenuto de Lima, Alfredo da
Silva Moreira, José Coriolano de Carvalho, Virgílio Lucas, Francisco de
Albuquerque, Octávio Alves Barroso, Manoel Gonçalves Paes Sobrinho, Reynaldo de
Aragão e Álvaro Pinto de Souza Varges.
De acordo com os estatutos aprovados na
assembléia de 20 de janeiro de 1916, a Associação seria ministrada pela
Diretoria e Conselho Administrativo.
A sociedade foi inscrita no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas em 16 de novembro de 1916, e pelo decreto federal nº 4.704, de
21/06/1923, foi declarada de utilidade pública.
Em 7 de janeiro de 1941, por iniciativa do farmacêutico Dr.
Oto Serpa Granado, com o argumento de que as demais profissões tinham o seu dia
comemorativo, para lembrar e comemorar o ideal por eles abraçado, foi aprovado
em plenário da Associação Brasileira de Farmacêuticos o dia 20 de Janeiro como
o Dia do Farmacêutico.
Esta data foi escolhida como uma forma de homenagear a
Associação Brasileira de Farmacêuticos, que ainda hoje constitui uma importante
reserva moral e científica da nossa profissão.
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